Jesus declarou: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22.4). Jesus tinha vontade? Tinha. Qual era? Fazer a vontade do Pai. Aqui Ele não revela ausência de vontade própria, mas a disposição de abrir mão da Sua própria a favor da vontade do Pai, reconhecendo-a como a melhor para a Sua vida. Conquistar a vontade é alcançar a plena liberdade para rejeitar o mal e seguir o bem, a verdade, o caminho proposto pelo Pai.
Entregamo-nos a Jesus por uma escolha. Nossa entrada no caminho da salvação passa por uma escolha, uma tomada de decisão. Vivemos na Sua presença e O servimos por uma escolha. É verdade que Deus é quem toma a iniciativa de nos buscar, mas somos nós que respondemos, escolhendo aceitar ou rejeitar Sua oferta de amor.
Quando ouvimos o Evangelho, este entrou pelos nossos ouvidos, nossa mente o entendeu, nossos sentimentos foram despertados, desceu ao nosso Espírito e a vontade disse sim. Por causa dessa escolha Deus nos tornou livres. E Sua vontade é que todo o potencial do que Ele nos deu seja plenamente usado para nosso bem e Sua glória.
A vontade de Deus deve-se tornar o alvo da nossa vida, e não o “eu”. Todo o desejo e propósito de um Pai que nos ama tanto a ponto de nos enviar o que de mais precioso tinha, Seu Filho Amado, Jesus Cristo, é o melhor, é para o nosso bem. Abraçar Sua vontade como nosso alvo supremo, é fazer a nós mesmos o maior bem da vida. O que é o arrependimento, senão o abandono da vida centralizada no eu, a favor da vontade do Criador e Pai?
A vida espiritual é mais do que emoções e intelecto. Deus quer a salvação da nossa vontade. Isso quer dizer que estaremos em condições de analisar dois caminhos, reconhecer qual é o melhor e poder decidir a favor deste. A vontade salva, ou restaurada, ou ainda conquistada, é aquela que é livre para escolher e seguir firmemente o caminho de Deus.